segunda-feira, 25 de abril de 2011

Bastidores

 Para conseguir o efeito desejado na mudança do cenário dos jornais da Globo, a emissora paga 1 milhão por mês para o Jóquei manter as luzes acesas.

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Xovens:cada vez mais caretas e imbecis,GOD!!!


 "A mais nova moda entre os adolescentes na Alemanha é usar absorventes internos embebidos em vodka para se embriagarem."

"Buscando evitar o cheiro da bebida no hálito, as meninas apelaram para esse método, já que a mucosa da vagina é capaz de absorver substâncias com facilidade. Segundo o site The Local, alguns meninos também estão usando os absorventes, mas por via anal. Ainda de acordo com a publicação, recentemente uma adolescente de 14 anos foi internada durante um festival de rua em Konstanz após se intoxicar com um absorvente cheio de vodka."

quarta-feira, 13 de abril de 2011

La Virgem Sirena

La Virgen María (con todo y sus cientas de advocaciones) ha perdido caché. Nuestro siglo exige una nueva imagen religiosa de una Virgen fresca, algo que puedan idolatrar hipsters y oficinistas, señoras ricas y creativos alternativos, parásitos del internet gratis y MILFs con tiempo de sobra, cafeinómanos y universitarios, cineastas y publicistas, ejecutivos y sus subordinados.

Dios se salve, Sirena; doble expresso macchiato.
El barista es contigo. Bendita eres entre todas la semanas.
Y bendito es el fruto que llamamos café.
Santa Sirena, madre del Shot. Ruega por nosotros los desvelados.
Ahora y en la hora de nuestro trabajo. Amén.
 




Sapatólatra amiga, sempre haverá um modelito MUST HAVE para usted!










Catherine Zeta-Jones Checked Herself Into Mental Hospital for Treatment of Bipolar Disorder .


Perhaps exacerbated by other stressors, Zeta-Jones recently (but understandably) lost her composure when she was swarmed by a pack of photogs in London and punched by an aggressive paparazzo after attending a ceremony honoring her film and charitable work.

terça-feira, 12 de abril de 2011

Caetano explica a criação de CAJUÍNA!


“Numa excursão pelo Brasil com o show Muito, creio, no final dos anos 70, recebi, no hotel, em Teresina, a visita de Dr. Eli, o pai de Torquato [Neto]. Eu já o conhecia pois ele tinha vindo ao Rio umas duas vezes. Mas era a primeira vez que eu o via depois do suicídio de Torquato. Torquato estava, de certa forma, afastado das pessoas todas. Mas eu não o via desde minha chegada de Londres: Dedé e eu morávamos na Bahia e ele, no Rio (com temporadas em Teresina, onde descansava das internações a que se submeteu por instabilidade mental agravada, ao que se diz, pelo álcool). Eu não o vira em Londres: ele estivera na Europa, mas voltara ao Brasil justo antes de minha chegada a Londres. Assim, estávamos de fato bastante afastados, embora sem ressentimentos ou hostilidades. Eu queria muito bem a ele. Discordava da atitude agressiva que ele adotou contra o Cinema Novo na coluna que escrevia, mas nunca cheguei sequer a dizer-lhe isso. No dia em que ele se matou, eu estava recebendo Chico Buarque em Salvador para fazermos aquele show que virou disco famoso. Torquato tinha se aproximado muito de Chico, logo antes do tropicalismo: entre 1966 e 1967. A ponto de estar mais frequentemente com Chico do que comigo. Chico e eu recebemos a notícia quando íamos sair para o Teatro Castro Alves. Ficamos abalados e falamos sobre isso. E sobre Torquato ter estado longe e mal. Mas eu não chorei. Senti uma dureza de ânimo dentro de mim. Me senti um tanto amargo e triste mas pouco sentimental. Quando, anos depois, encontrei Dr. Eli, que sempre foi uma pessoa adorável, parecidíssimo com Torquato, e a quem Torquato amava com grande ternura, essa dureza amarga se desfez. E eu chorei durante horas, sem parar. Dr. Eli me consolava, carinhosamente. Levou-me à sua casa. D. Salomé, a mãe de Torquato, estava hospitalizada. Estão ficamos só ele e eu na casa. Ele não dizia quas e nada. Tirou uma rosa-menina do jardim e me deu. Me mostrou as muitas fotografias de Torquaro distribuídas pelas paredes da casa. Serviu cajuína para nós dois. E bebemos lentamente. Durante todo o tempo eu chorava. Diferentemente do dia da morte de Torquato, eu não estava triste nem amargo. Era um sentimento terno e bom, amoroso, dirigido a Dr. Eli e a Torquato, à vida. Mas era intenso demais e eu chorei. No dia seguinte, já na próxima cidade da excursão, escrevi Cajuína."







Chocadeira chic!

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Se for pra mim diz que não estou - Texto de Cora Ronai

Ri com a manchete do nosso “Digital & Midia” de segunda passada, “Se for pra mim diz que não estou”, em matéria que o Carlos Alberto Teixeira escreveu sobre a fobia a telefone que vem sendo desenvolvida por tantos usuários nesses tempos de comunicação teclada, de email a SMS, passando por todas as redes sociais possíveis e imagináveis.

É que faço parte de uma vertente diametralmente oposta de bípedes, aqueles que mal abrem as caixas postais, odeiam SMS e, cada vez mais, só se comunicam pelo telefone.

Quando abri a minha primeira conta na internet vocês não eram nem nascidos, e ter uma caixa postal era algo de fato emocionante. Normalmente a gente trocava email com outros malucos que já tinham descoberto a internet, e que freqüentavam os mesmos fóruns da Usenet.

Gente de todas as partes do mundo, com muita coisa em comum. Era um tempo de inocência tecnológica, em que era possível dar a volta ao mundo hospedando-se nas casas de outros usuários da rede, apenas por termos trocado dois emails. Eramos tão poucos que os nossos perfis eram forçosamente parecidos.

Um dia, naqueles tempos, saí para jantar com um grupo de amigos, e a certa altura um deles disparou:

-- Você está aqui jantando com a gente, mas a sua cabeça está na porcaria daquele computador, não é?

Era verdade. Eu estava imensamente curiosa em saber o que havia chegado à caixa postal. Nos dias mais movimentados, chegavam até dez emails! Até hoje tenho amigos que nunca encontrei na Islândia, na Escócia, na Austrália, na Alemanha. O próprio CAT, que escreveu a matéria de segunda-feira, viajou como ninguém nessa época, batendo às portas dos amigos virtuais nos quatro cantos do planeta e sendo sempre recebido de braços abertos.

Para quem viveu essas caixas postais emocionantes, não há nada mais desanimador do que abrir as caixas postais de hoje, cheias de spam, de promoções e materiais que não são exatamente spam, de apresentações de slides engraçadinhas e alertas sem noção, onde se perdem os bilhetes de quem está logo ali na esquina e poderia mais facilmente dar um telefonema.

Para quem é jornalista a coisa fica ainda pior, porque nos tempos em que as mensagens viajavam apenas pelo correio, as assessorias de imprensa filtravam o que vinha para cada um de nós. Com a facilidade do email, porém, recebo releases sobre celebridades de quem nunca ouvi falar e dezenas de coisas que não me interessam, de novas cores de esmalte a peças automotivas.

A morte do email já é dada como certa por alguns futuristas. Eu não aposto tão alto, mas acho que vamos ter de encontrar um jeito para conviver com esse excesso de informação. Amigos que conhecem a minha aversão à mailbox avisam pelo Twitter ou pelas caixas de comentário do blog quando me enviam algo importante para o Gmail.

O problema com o SMS, por sua vez, é que nem todo mundo têm talento para teclar em espaço tão miúdo – e eu me incluo nesse grupo. Sou bastante fluente no T9 que se usava nos teclados numéricos, mas péssima no teclado virtual dos touch-screens, exceção feita aos Android com swipe, forma menos dolorosa de digitação.

Assim, o círculo se fecha, e há uma resposta totalmente nova e revolucionária à clássica pergunta “Qual é o jeito mais fácil de eu me comunicar com você?”: pelo telefone, é claro.

O único ponto negativo disso é que, por “telefone”, hoje, deve-se entender “celular” – aquele objeto convenientemente pequeno, que está sempre ao meu lado, dia e noite, levando metade da minha vida: conexão à internet, fotos, agenda, música, diversão e até um pouco de trabalho.

Em países que já entenderam a importância deste objeto, os custos do seu uso são razoáveis; no Brasil, onde a ficha demora séculos para cair (quando cai), o custo é um dos mais altos do mundo. Resultado? No tempo da comunicação instantânea e universal, a comunicação, para a minha tribo, virou artigo de luxo.

Isso aqui, é um pouquinho de Brasil iô, iô!!!